sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25 de novembro: Dia da Baiana

Hoje (25) será celebrado um dos símbolos mais fortes do estado, a Baiana. Centenas delas se reúnem no Pelourinho para comemorar a data com missa e muito samba no pé.

A programação começa às 9h, com uma missa na Igreja do Carmo. Depois um cortejo musical segue em direção à Cruz Caída, na Praça da Sé, onde será servido um almoço. E uma novidade promete embalar baianos e turistas: durante todo o dia, grupos de samba de roda do Recôncavo farão apresentações no Largo do Pelourinho.



Comemoração nacional - A Secretaria Estadual de Turismo e a Bahiatursa vão realizar um receptivo especial em sete aeroportos do Brasil e no Porto de Salvador. Cocadinhas, fitinhas do Senhor do Bonfim e material promocional com informações das 13 zonas turísticas da Bahia serão distribuídos às pessoas que estiverem em trânsito nos aeroportos de Salvador, Brasília, Rio de Janeiro (Santos Dumont e Tom Jobim), São Paulo (Guarulhos e Congonhas) e Belo Horizonte. Os turistas que chegarem no porto de Salvador também serão recepcionados pelas baianas.



Patrimônio da Bahia - Em 2005, o ofício (profissão) das baianas do acarajé foi tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), registrado no Livro de Registro dos Saberes. O acarajé também foi reconhecido como Patrimônio Cultural de Salvador, pela Câmara Municipal.

A beleza - Elas chamam atenção pelas iguarias que vendem nos tabuleiros e é claro, pela forma como se vestem. As Baianas de acarajé são monumentos vivos de Salvador, e carregam em suas roupas, diversas influências. No dia em sua homenagem , o iBahia mostra um passo a passo na produção desse símbolo e revela o que é que a Baiana tem.

"Tem torso de seda, tem! Tem brincos de ouro tem! Corrente de ouro tem! Tem pano-da-costa, tem! Sandália enfeitada, tem!", dizia Dorival Caymmi, e D. Maria Luzia comprova, tem mesmo! Baiana desde pequena, ela não sai de casa sem os apetrechos que deixam seu visual ainda mais glamouroso. "Eu me dedico muito ao que faço, principalmente na forma de me vestir, não saio de casa sem estar com uma roupa bonita e bem arrumada", conta.

Na hora de começar a produção, D. Maria revela alguns truques. Ela usa sete saias para ter o rodado característico das baianas. "Baiana que é Baiana tem que usar saia rodada, senão fica feio, fica murcha", reclama. Por debaixo das saias vem o calçolão, que facilita a movimentação e protege o corpo de possíveis "acidentes".

O camisu, branco e bastante enfeitado é o próximo, e só depois o rodado começa a aparecer. Uma saia de kami para proteger a pele, a tela de nailon e mais três saias, que dessa vez são feitas com um material sintético, também utilizado para fazer sacos de farinha. Para completar, mais uma saia de kami, outra de paetês e finalmente a saia da Baiana que pode ser estampada ou de richelieu.

A bata bordada vem por cima, e para finalizar, uma faixa é amarrada na cintura, e o pano-da-costa é jogado sobre os ombros e costas. Muitos assessórios, uma sandália bem enfeitada, maquiagem e por último o torço. "É a parte que tem que ter mais atenção, porque a depender do humor, ele fica sem graça", explica Luzia.

E a maratona de D. Maria não acaba por aqui. Ela ainda tem que preparar os quitutes, afinal... "no tabuleiro da Baiana tem... Vatapá, Carurú, Mungunza, tem Ungu pra io io".



Por Samuel Barbosa
Graduando em Comunicação Social - Jornalismo
UNIME

Nenhum comentário:

Postar um comentário