38º Aniversário do Ilê Ayê

Com o toque de seus instrumentos musicais - atabaques, agogôs, kambala, cuíca, surdo e tamborin, hoje, 1º de novembro, as ruas da Liberdade serão tomadas pelo som do "Mais Belo dos Belos" - Ilê Aiyê, na comemoração dos seus trinta e oito anos, num "arrastão percussivo"  que segue até a sede, Senzala do Barro Preto, no Curuzu.

O arrastão comemorativo sairá do Plano Inclinado Liberdade-Calçada, às 20 horas, reunindo percussionistas do bloco afro e moradores.  Ao chegar à sede, a percussão será interrompida pelo  canto de “Parabéns”, embalado ainda pela participação do grupo Bambeia, temperando a festa com muito samba. Esse encontro  dessa  terça-feira, véspera de feriado, acontece às 22h, com ingressos a R$15 (pista) e R$30 (camarote).

O Ilê Aiyê é considerado o primeiro bloco afro da Bahia e nesse dia fará as honras da casa que nesta noite receberá dois convidados especiais: o cantor Saulo Fernandes, vocalista da Banda Eva, e o seu amigo e parceiro Magary Lord, com o inconfundível black semba.

Para completar, o “Mais Belo dos Belos” promete reviver os seus grandes sucessos, apresentando canções emblemáticas como “Perola Negra” e “Adeus, Bye Bye” e “Negrume da Noite”.

História

O Ilê Aiyê inicia sua história em 1º de novembro de 1974, no Curuzu-Liberdade, bairro de maior população negra do país, onde vivem cerca de 600 mil habitantes. O bloco nasceu no espaço sagrado do Terreiro de Candomblé de nação gêge-nagô Ilê Axé Jitolu, comandado por Mãe Hilda dos Santos.

Apesar de profano, o Ilê Aiyê herdou os fundamentos e princípios do Candomblé, como a compreensão da convivência social, o respeito aos mais velhos e o aproveitamento da simbologia para suas canções, toques, adereços

Por Edilson José

Graduando em 

Comunicação Social - Jornalismo

UNIME